5 FALHAS COMUNS QUE EXPÕEM A EMPRESA A PROCESSOS JUDICIAIS

8 de abril de 2025

Administrar uma empresa exige não apenas visão estratégica e competência na gestão, mas também atenção constante ao cumprimento de normas legais e boas práticas de governança. Em meio às demandas do dia a dia, é comum que alguns cuidados sejam negligenciados, o que pode gerar sérias consequências jurídicas.

A seguir, elencamos cinco falhas recorrentes que expõem empresas a litígios e compromissos judiciais:

1. Ausência de contratos formais com fornecedores, parceiros ou colaboradores
Negócios firmados “de boca”, por e-mail ou mensagens informais, ainda são realidade em muitas empresas. A falta de contratos claros e assinados enfraquece a defesa da empresa em caso de conflito, além de dificultar a definição de responsabilidades, prazos e penalidades.

2. Falta de treinamentos sobre obrigações legais e condutas internas
Funcionários mal orientados tendem a agir com base no improviso, o que aumenta o risco de práticas inadequadas, violações de normas de segurança, descumprimento da LGPD e até assédio. A ausência de treinamentos também pode ser interpretada como omissão por parte da empresa.

3. Inexistência de uma política de compliance ativa
Quando a empresa não adota mecanismos internos de prevenção e resposta a irregularidades, ela perde a oportunidade de detectar falhas antes que se transformem em processos judiciais. Além disso, a ausência de um canal de denúncias ou de um código de conduta pode ser interpretada como desinteresse em corrigir desvios.

4. Improviso no tratamento de dados pessoais
A coleta, o armazenamento e o compartilhamento de dados sem critérios técnicos e sem consentimento válido viola a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Empresas que tratam informações de clientes, funcionários ou parceiros sem controle e transparência podem ser responsabilizadas civil, administrativa e até criminalmente.

5. Falta de acompanhamento jurídico preventivo
Muitas organizações recorrem ao advogado apenas quando já foram notificadas ou processadas. Esse modelo reativo custa caro e limita as alternativas de defesa. O acompanhamento jurídico contínuo, por outro lado, permite a correção de rotas e a adoção de medidas preventivas eficazes.

Empresas que investem na formalização de processos, na orientação de suas equipes e na estruturação de políticas internas reduzem significativamente o risco de disputas judiciais. O papel do gestor não é apenas tomar decisões operacionais, mas também garantir que a organização atue com segurança jurídica e integridade.

Refletir sobre essas cinco práticas é um passo importante para proteger a reputação da empresa, preservar seu patrimônio e manter relações saudáveis com o mercado e com a sociedade.