SEGURANÇA NA NUVEM: O TESTE QUE GARANTE A CONTINUIDADE DO SEU NEGÓCIO

9 de julho de 2025

A importância dos testes de recuperação de desastres nas operações em nuvem

Empresas que operam com serviços em nuvem dependem fortemente da confiança na segurança e continuidade de suas operações. No entanto, uma constatação recorrente entre profissionais da área de tecnologia da informação é que os investimentos ainda são insuficientes diante da complexidade dos riscos envolvidos.

74% dos líderes de segurança e TI acreditam que suas organizações estariam mais preparadas para lidar com ameaças virtuais caso houvesse maior dedicação de recursos à prevenção. O levantamento envolveu 825 entrevistados de empresas localizadas em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, e evidenciou um ponto de atenção: muitas empresas ainda não adotam práticas adequadas de gestão preventiva, o que as expõe a vulnerabilidades evitáveis.

Entre os problemas mais recorrentes está a ausência de testes regulares nos planos de recuperação de desastres. Mesmo entre empresas que contratam soluções em nuvem, é comum que os sistemas de recuperação não sejam devidamente avaliados quanto à sua eficácia. A testagem periódica desses recursos é essencial para garantir que as ferramentas contratadas realmente funcionarão em momentos de falha ou ataque, permitindo a continuidade das operações e a integridade dos dados.

Como exemplo de boas práticas, uma empresa farmacêutica do interior de São Paulo realizou um teste completo de recuperação de desastres no final de 2024. O procedimento foi executado durante o horário comercial, utilizando tecnologias especializadas para validar todo o plano de restauração. O objetivo do teste foi confirmar se a infraestrutura disponível seria capaz de restaurar o ambiente operacional de forma eficaz, dentro dos parâmetros acordados, como tempo de recuperação (RTO), ponto de recuperação (RPO) e ponto de restauração.

A execução de um teste desse porte vai além da simples verificação técnica. Trata-se de um processo que permite ajustar estratégias, identificar pontos de melhoria e promover segurança jurídica e operacional para a empresa. A documentação gerada ao final do teste se torna uma referência indispensável para futuras respostas a incidentes, especialmente em um contexto no qual a rotatividade nas equipes de tecnologia é elevada.

Validar periodicamente os sistemas de recuperação não apenas fortalece a capacidade de resposta diante de falhas ou ataques, mas também amplia a maturidade da gestão de riscos dentro das organizações. Ainda são poucas as empresas que realizam esse tipo de simulação de forma completa e documentada. Entretanto, trata-se de uma medida estratégica para preservar não apenas dados e infraestrutura, mas a própria continuidade do negócio.